A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realiza na região de Guarapuava (Centro-Sul) um trabalho de Vistoria Técnico-Operacional (VTO) para verificar a correta destinação do esgoto doméstico. Até maio de 2026, uma equipe a serviço da Sanepar deve fazer 27.932 vistorias em Candói, Cantagalo, Laranjeiras do Sul, Nova Laranjeiras, Palmital, Pinhão, Pitanga, Quedas do Iguaçu, Reserva do Iguaçu, além de Guarapuava e no distrito de Entre Rios. Em Laranjeiras do Sul, as visitas iniciam nesta segunda-feira (22).
Identificados com crachá e uniforme da empresa Trezzi e Bonatti Ltda., os técnicos abordam o cliente explicando como funciona a vistoria e solicitam a entrada no imóvel. Ali, verificam banheiros, cozinhas, áreas de serviço, ralos e calhas, analisando situações como escoamento de água da chuva na rede de esgoto e existência da caixa de gordura. Eles aproveitam, ainda, para avaliar o hidrômetro (relógio) e o Dispositivo Tubular de Inspeção (DTI), localizado fora do imóvel e que possui uma tampa pequena de plástico azul ou de concreto.
O gerente da Sanepar na região de Guarapuava, Adão Alisson Slompo, diz que as vistorias são essenciais para o correto funcionamento do sistema e uma exigência da Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná). “O órgão regulador estabelece que é responsabilidade da empresa verificar a correta ligação dos imóveis à rede de esgoto. A ligação feita adequadamente possibilita à Sanepar fazer uma coleta e tratamento adequados. Isso também é garantia de que o usuário não terá transtornos, como odor ou refluxos”, afirma.
A principal tarefa dos técnicos é orientar e responder as dúvidas dos moradores. “A conscientização é muito importante. Em vários casos o morador nem sabia que seu imóvel estava irregular, comprou de outro proprietário e não sabia da situação. É a oportunidade para regularizar a situação”, acrescenta.
Irregularidades causam transtorno para a Sanepar e para o cliente. “O lançamento de esgoto na galeria pluvial, por exemplo, pode contaminar rios e córregos. Já a ligação da água de chuva na rede de esgoto pode ser um risco à saúde pública, aumentando a chance de proliferação de ratos e baratas, de obstrução gradativa do ramal interno de esgoto do imóvel e a ocorrência de odores indesejáveis”, esclarece Slompo.
O gerente destaca que, constatada irregularidade no imóvel, é dado ao cliente o prazo de 60 dias para regularização. Após isso, os técnicos retornam ao imóvel para nova verificação. Com a situação resolvida, o cliente recebe um certificado de regularização.
Nos imóveis regulares, o certificado é fornecido imediatamente após a vistoria. É o caso dos imóveis de Janete Farias Leite, moradora do Residencial 2000, bairro de Guarapuava onde as vistorias iniciaram. “A pessoa que vistoriou aqui foi muito educada, orientou, deu informações sobre como funciona o tratamento do esgoto. É tudo muito correto, e a vistoria foi rápida”, afirma.
ORIENTAÇÃO – A coordenadora de Redes da Sanepar na região, Adriane de Fátima Lunardi, explica que todo imóvel, residencial ou comercial, mesmo os mais antigos, precisa ter um sistema de retenção de gordura adequado. “Por isso nossos técnicos orientam sobre normas da Sanepar e da ABNT em relação ao tamanho, ao local e à forma correta de instalação da caixa de gordura”, afirma.
No Residencial 2000, mais de 70% dos imóveis verificados apresentam alguma irregularidade. A mais comum é justamente ausência de caixa de gordura ou ineficiência do sistema de retenção de gordura. Esse é o caso do caminhoneiro aposentado Jair Marcos Tratz. Ele precisará fazer adequação na caixa de gordura. Morando sozinho, ele diz que adquiriu o imóvel há poucos meses. “Vai ser trabalhoso. Mas vou ter que lidar com isso, se está errado, é preciso corrigir”, diz.
Outro problema comum é o descarte de óleo de cozinha em pias ou ralos. “O despejo de resíduos gordurosos nas tubulações de esgoto provoca incrustação, diminuição da capacidade de escoamento, refluxos e extravasamento de esgoto em imóveis e vias públicas. Além disso, nas Estações de Tratamento de Esgoto esse resíduo prejudica o processo de tratamento dos efluentes, tornando-o mais complexo e mais caro, para a empresa e para o próprio cliente”, explica.
ATENDIMENTO – Caso o cliente tenha dúvidas sobre o trabalho de VTO ou queira mais informações, pode entrar em contato por um dos canais oficiais de atendimento da Companhia. O Serviço de Atendimento ao Cliente Sanepar é feito pelo telefone 0800 200 0115, pelo e-mail atendimentoaocliente@sanepar.com.br ou ainda pelo WhatsApp (41) 99544-0115. É importante ter em mãos a conta de água ou o número da matrícula.
AEN